quarta-feira, 25 de abril de 2012

Oxossi


Oxossi (Osósì/Odé) é o rei de Ketu (Nação do Candomblé), segundo dizem, a origem da dinastia. A Oxossi são conferidos os títulos de Alaketu, Rei, Senhor de Ketu, e Oníìlé, o dono da Terra, pois em África cabia ao caçador descobrir o local ideal para instalar uma aldeia, tornando-se assim o primeiro ocupante do lugar, com autoridade sobre os futuros habitantes. Na história da humanidade, Oxossi cumpre um papel civilizador importante, pois na condição de caçador representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, a própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no espaço da natureza e impor a sua marca no mundo desconhecido. A colecta e a caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Oxossi, orixá que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana: a luta pela sobrevivência. Oxossi é o Orixá da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, Oxossi representa o domínio da cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos) sobre a natureza. Astúcia, inteligência e cautela são os atributos de Oxossi, pois, como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. Oxossi é o melhor naquilo que faz, está permanentemente em busca da perfeição. Em África, os caçadores que geralmente são os únicos na aldeia que possuem as armas, têm a função de salvar a tribo, são chamados de Òxó, que significa guardião. Oxossi também foi um Òxó, mas foi um guardião especial, pois salvou seu povo do terrível pássaro das Iyá-Mi (Mãe feiticeira, as bruxas). Outras histórias relacionadas com Oxossi apontam-no como irmão de Ogun. Juntos, eles dominaram a floresta e levaram o homem à evolução. Além de irmão, Oxossi é grande amigo de Ogun – dizem até que seria seu filho, e onde está Ogun deve estar Oxossi, as suas forças completam-se e, unidas, são ainda mais imbatíveis. Oxossi mantém estreita ligação com Ossain (Òsanyìn), com quem aprendeu o segredo das folhas e os mistérios da floresta, tornou-se um grande feiticeiro e senhor de todas as folhas, mas teve que se sujeitar aos encantamentos de Ossain. A história mostra Oxossi como filho de Iemanjá, mas a sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká a jaqueira, que vem a ser uma das Iyá-Mi, por isso a intimidade de Oxossi com essa árvore. A rebeldia de Oxossi é algo latente na sua história. Foi desobedecendo às interdições que Oxossi se tornou orixá. Tal como Xangô, Oxossi é um Orixá avesso à morte, porque é expressão da vida. A Oxossi não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio de Ikú (a morte) não passa perto de Oxossi, pois ele não acredita na morte.
Características dos filhos de Oxóssi
Os filhos de Oxossi são pessoas de aparência calma, que podem manter a mesma expressão quando alegres ou aborrecidas, do tipo que não exterioriza as suas emoções, mas não são, de forma alguma, pessoas insensíveis, só preferem guardar os sentimentos para si. São pessoas que podem parecer arrogantes e prepotentes, e às vezes são. Na realidade, os filhos de Oxossi são desconfiados, cautelosos, inteligentes e atentos, seleccionam muito bem as amizades, pois possuem grande dificuldade em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo. Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam uma amizade é para sempre. São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita a opinião de todos, mas sempre faz o que quer. Com estratégia, acabam por fazer prevalecer a sua opinião e agradando a todos. Por vezes são altos e magros, os filhos de Oxossi possuem facilidade para se mover, mesmo entre obstáculos. O seu andar possui leveza e elegância. A sua presença é sempre notada, mesmo que não façam nada para isso acontecer. Os filhos de Oxossi gostam de solidão, isolam-se, ficam à espreita, observam atentamente tudo que se passa à sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez, são introvertidos e discretos, vaidosos, distraídos e prestativos, comportamento típico de um caçador, provedor do seu povo.

Dia da Semana: Quinta-feira
Cor: Azul-Turquesa (no Candomblé)
Símbolos: Ofá (arco), Eruexin/Eruxin (confeccionado com rabo de boi)
Elemento: Terra (florestas e campos cultiváveis)
Domínios: Caça, Agricultura, Alimentação e Fartura
Saudação: Okê Arô!!! Arolé!

Ogun

Ogun é o temível guerreiro, violento e implacável, divindade da guerra, deus do ferro, da metalurgia e da tecnologia. Ele possui a habilidade de abrir caminhos. Atlético, agressivo e corajoso. Protector dos ferreiros, agricultores, caçadores, carpinteiros, escultores, sapateiros, talhantes, metalúrgicos, marceneiros, maquinistas, mecânicos, motoristas e de todos os profissionais que de alguma forma lidam com o ferro ou metais afins. Orixá conquistador, Ogun fez-se respeitar em toda a África negra pelo seu carácter devastador. Foram muitos os reinos que se curvaram diante do poder militar de Ogun. Entre os muitos Estados conquistados por Ogun estava a cidade de Iré, da qual se tornou senhor após matar o rei e substituí-lo pelo seu, próprio filho, regressando glorioso com o título de Oníìré, ou seja, Rei de Iré. Ogun é o filho mais velho de Odùduà, o herói civilizador que fundou a cidade de Ifé. Ogun é um orixá importantíssimo na África e no Brasil. Foi Ogun quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. Ele tem um molho de 7 instrumentos de ferro: lança, torquês, ponta de flecha, enxada, enxó, espada e facão, símbolos de suas actividades, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza. Em todos os cantos da África negra Ogun é conhecido, pois soube conquistar cada espaço daquele continente com a sua bravura. Matou muita gente, mas matou a fome de muita gente, por isso antes de ser temido Ogun é amado.

Características dos filhos de Ogun
Os filhos de Ogun possuem temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tampouco da moradia, com raras excepções são amigos, porém estão sempre envolvidos com demandas, são mestres do atirar verde pra colher maduro, as vezes muitos desconfiados. Sexualmente os filhos de Ogun são muito potente. Despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, mas não tendem a ser fiéis. Possuem uma energia física muito grande, raramente adoecem, seu lema principal é vencer na vida, não importando qual tipo de trabalho ou esforço para conseguir seus ideais. Não se prendem à riqueza, ganham hoje, gastam amanhã. Gostam mesmo é do poder, gostam de comandar, são líderes natos. Essa necessidade de estar sempre à frente pode torná-los pessoas egoístas e desagradáveis, mas nem sempre. Geralmente, os filhos de Ogun são pessoas alegres, que falam e riem alto para que todos se divirtam com suas histórias e que adoram compartilhar a sua felicidade.
Dia da semana: Terça-feira
Cores: Verde ou Azul-escuro
Símbolos: Bigorna, Faca, Pá, Enxada e outras ferramentas
Elementos: Terra (floresta e estradas) e Fogo
Domínios: Guerra, Progresso, Conquista e Metalurgia
Saudação: Ogunhê

terça-feira, 24 de abril de 2012

Exu


Exu/Èsù ou Elégbára

Exu é a divindade mensageira e responsável pela comunicação entre os Deuses, ancestrais e seres humanos. Ele possui a habilidade de criar calma e/ou caos. Entretanto, Exu é o primeiro Orixá a ser oferecido o seu ritual cerimonial de comida e bebida. Exu se revela o mais humano de todos os Orixás, não sendo completamente bom nem ruim. Ele é responsável pelo equilíbrio dos seres humanos. Exu , é o senhor dos caminhos, caminhos que levam e trazem e fazem as pessoas se encontrarem ou distanciarem-se. É quem faz com que os ritos sejam cumpridos, principal responsável pela ligação do mundo espiritual ao mundo material (ORUN- AIYE)Entre dois caminhos lá está ele guardando, indicando. Não se faz nada pelo candomblé antes de agradar Exu, pois é o único orixá que faz o elo de ligação entre nós e os demais orixás. Exu é um Orixá tão importante quanto todos os outros Orixás. Por ser mais ligado com o mundo terrestre, possui certos costumes e temperamentos parecidos com os dos seres humanos. Exu é erradamente sincretizado pelo diabo cristão. Por ser um Orixá que cuida dos caminhos onde percorrem homens, Orixás, espíritos, etc. E sendo o elo de ligação entre esses mundos, ele possui múltiplos contraditórios, sendo bom e mau, astuto, grosseiro, indecente, protector, alegre, brincalhão, violento, etc. Ou seja, é o orixá mais humanizado do panteão, pois em seus arquétipos incluem-se as impurezas causadas ou existente nos homens. Devido a esses aspectos, foi sincretizado pelos primeiros missionários, com o diabo cristão.
Exu/Èsù ou Elégbára


Características dos filhos de Exu



Os filhos de Exu são alegres, sorridentes, estão sempre de bem com a vida, são ambiciosos, extrovertidos, espertos, inteligentes, atentos. Sabem como ninguém ser sociáveis e diplomáticos, pois conhecem o valor de uma boa amizade, fazem questão de manter o maior número possível de amigos. Rapidamente, os filhos de Exu se tornam pessoas populares, amadas por uns, odiadas por outros. Extremamente dinâmicos, os filhos deste orixá não se desanimam nunca, mantêm sempre a certeza de que as coisas, mais cedo ou mais tarde, acabam por mudar a seu favor. Pessoas com impressionante facilidade de comunicação, boa lábia, com charme conseguem tudo o que querem. Irónicas e perigosas, costumam manter uma vida sexual bastante agitada, sem pudores. São pessoas extremamente rápidas, que não pensam: fazem. Os filhos de Exu possuem uma facilidade impressionante para entrar e sair de confusões, são do tipo que arma a bagunça, sai ileso e ainda se diverte com as consequências. Esquecem facilmente as ofensas, não guardam rancor, mas não perdem a oportunidade de se vingar. Gostam da rua, das festas e das conversas intermináveis, comportamento próprio de um orixá que é só alegria.



Dia da Semana: Segunda-feira
Cores: Preto e vermelho
Símbolos: Ogó de forma fálica, falo erecto
Elementos: Terra e fogo
Domínio: Sexo, magia, união, poder e transformação
Saudação: Laroie







O que é Orixá/Orisá?

Orixás são elementos da natureza, cada orixá representa uma força da natureza.
Quando cultuamos nossos orixás, cultuamos também as forças elementares oriundas da água, da terra, do ar, do fogo, etc. Essas forças em equilíbrio, produzem uma enorme energia (axé/asé), que nos auxilia em nosso dia a dia, ajudando para que nosso destino se torne cada vez mais favorável. Sendo assim, quando dizemos que adoramos deuses, nós nos referimos a estarmos adorando as forças da natureza, forças essas pertencentes a criação do grande pai. Pai esse conhecido por nós como "Ólorun"ou Olodumaré (Deus supremo). No Brasil, erroneamente,  diz-se que Oxalá é o pai maior. Na verdade, Oxalá é um dos mais velhos, Orixá Fun Fun (Orixá do branco, fun-fun0 branco), Orisála por ser sincretizado no Brasil com Jesus Cristo, é cultuado como  "Orisá maior",  no Brasil o mais respeitado e o mais velho entre os Orixás. A grande maioria das nações africanas anterior a era cristã, conheciam a existência de Ólorun como grande criador, ser fundamental. Acreditamos que nosso Deus "é o todo". E o todo é a natureza e seus integrantes (animais, vegetais, homens, planetas, etc.);

Nota: Olorun está acima da vaidade pessoal e de religiões que buscam sempre monopolizar o seu poder.
Nosso Deus jamais pune seus filhos tão pouco os condena a fogueira eterna, também, nunca os entregou ao seu maior inimigo (Satanás) após cometer erros divinos chamado de pecados eternos, nosso Deus não destrói países e não aniquila civilizações de filhos amados por ciúmes quando não adorado, amado ou seguido... Como pai, jamais deixaria de perdoar meus filhos, tão pouco, condenaria-os ao extermínio por erros que cometem ou possam cometer. O verdadeiro pai perdoa, ensina, ama e protege seus filhos. Portanto, nosso Deus é um pai mais perfeito que qualquer outro pai... Tão perfeito e superior que não conseguimos associar-lo a imagens, planetas, Orixás, pessoas, etc. Nosso Deus é Universal, é um  "todo" inimaginável em forma,sexo, mas, sentido em energia e fé. Pois tudo a ele pertence e tudo dele nasce. Como já havíamos comentado, nosso panteão nada mais é que a junção das energias de todo os elementos da natureza, cada elemento e força da natureza é por nós representado por um "Orixá", um antepassado divinizado, e cada energia se revela em caminhos através de "Odús", estes interpretados  por nossos sacerdotes que são iniciados em IFÄ e por anos preparados para a interpretação, com fundamentos filosóficos e espirituais. Orisá  não se limita ao Africano porém, por ser a África o berço da civilização humana, de lá nasceram as mais antigas energias, por muitas ramificações e associações como ZEUS(Grécia) a XANGÔ(Sango): Áres Deus da Guerra (Ogun); etc... A perpetuação do culto aos nossos Orixás se fazem presentes hoje. Pois é a mais antiga e única religião ancestral que ainda se permanece viva e fiel a origem em filosofia e culto com muita aproximação ao seu berço cultural na África; que possui  a mais variada segmentação de cultos associados e adaptados a culturas regionais de diversos países, como no Brasil onde possuí na maioria de seus cultos a Orixá, mesclagem com espiritismo, catolicismo, pajelança, catimbó etc. Ex: a Umbanda. Outras,  mantendo-se fiel às origens, porém, buscando cada vez mais o resgate de conceitos e, "ingredientes filosóficos e espirituais" junto a Babalaôs e Oluwos africanos que vem ao Brasil e contribuem com a nossa cultura com ensinamentos que pelos séculos, aqui foram mesclados ou naturalmente distorcidos. Não podemos deixar de mencionar que muitos Babalaôs ficam espantados ao ver que ainda se mantém viva, nestes países, nomes, rezas, Orixás que a muito na África foram esquecidos e, mesmo com a modificação natural de cultuação pelas adaptações regionais/culturais em relação ao seu culto original, a lembrança e a perpetuação do nome e origem, ainda podem ser encontrados nestes cultos descendentes. É  comum no Brasil associarmos pessoas  a influências de um ou dois Orixás específicos, dizendo-se  que a mesma recebe esta energia e que isso  justifica a maioria de sua conduta e actos. De certa forma, não é  inverdade esta associação, pois realmente Orixá exerce influência a quem está sobre o desígnio da sua energia em seu caminho. Porém, não podemos dizer que a pessoa que está sendo regida por determinado Orixá, que este mesmo seja FILHO exclusivo, pertencente  ao mesmo e, que por sua vez, seu destino esteja ligado as vontades do Orixá. Nossas vontades são regidas por nossa consciência, e nossa consciência alimentada por nosso ORI/CABEÇA (Nosso Deus/Nosso EU) cujo as nossas escolhas e actos estão intrinsecamente ligados a nossa personalidade e carácter, tais qualidades que Orixá algum têm o poder de modificar sem que nosso Ori esteja em harmonia com o universo. Exemplo: Os filhos de Ossain possuem mais energia voltada para as curas e plantas do que os  filhos de Ogun que possuem por sua vez, detém mais energia voltado à armas,guerras, metais, ferramentas, etc. "Em relação ao carácter e a harmonia de nossa consciência (Ori) com o universo e com os nossos semelhantes, gosto de usar uma frase/exemplo que vem a exemplificar bem  esta correlação entre Ori e Orixá.
- Uma pessoa filha de Ogun, pode ter a influência do Deus da Guerra em energia, portanto, são pessoas "inclinadas" a terem carácter explosivo, serem desapegados e gostarem de lidar com armas e ferro (metais); Nos aprofundando mais nesta analogia, por conseguinte, muitos policiais, bandidos, lutadores, são pessoas que sofrem mais influência desta energia. Eis a grande pergunta: - O que diferencia a pessoa ser Policial ou Bandido, já que são influenciados pelo mesmo Orixá e podem até terem o mesmo poder "em mãos de uma ARMA/METAL"? Resposta: O Carácter, a harmonia com o semelhante, consigo, e com o Universo... Enfim, "SEU ORI" “SUA CABEÇA”, seu "Deus pessoal" que lhe dará a consciência e discernimento para fazer o certo e seguir o caminho do bem... Mesmo que este venha a usar as mesmas armas dos que seguem o caminho da desarmonia..."
Em resumo, quase todos os Orixás tiveram uma curta passagem pelo nosso mundo, sendo muitos ancestrais divinizados que após fatos heróicos ou divinos, e por possuírem energia extrema, maior que a capacidade humana poderia suportar, encantaram-se e/ou retornaram ao Orun (céu), deixando para nós segredos e ensinamentos, encurtando a ligação do material ao espiritual. Ligação essa que nós preservamos e usamos não só para nós, mas também para as pessoas que nos procuram, mesmo sem ter ligações directas com a religião. Essas ligações são em sua grande maioria revelados por IFÁ, cujo veremos na parte relacionado a OdúsEm nossa religião, é fundamental a integração com a natureza, pois quanto maior o contacto com a natureza, maior será seu desenvolvimento, sua energia, seu AXÉ(força) e portanto, maior será o cordão (elo) de ligação com seu Orixá aproximando mais de Olorum (Deus criador/construtor de todo o universo). Orixá significa também o caminho que nos guia em determinados pontos de nossas vidas, caminhos revelados por IFÁ onde se faz necessário o devido culto para que os que dele necessitam, seguir e equilibrar sua energia durante o tempo que permanecerá no AIYE(terra). Entre todos Orixás, salientamos o de maior e incontestável importância que é ORI, seu Deus pessoal, sua identidade, sua consciência viva e presente, que antes de tudo deve ser muito bem cuidada, alimentada  e equilibrada para que se possa ter a consciência e o o equilíbrio mental para possuir ou ser conduzido na energia pura de Orixá(Orisá).